quarta-feira, 1 de julho de 2015
JOÃO GUIMARÃES ROSA
Ficcionista e diplomata brasileiro Cordisburgo MG 1908-rio de janeiro 1967, um dos maiores da literatura contemporânea de língua portuguesa. Diplomou-se pela faculdade de medicina da universidade de Minas gerais em 1930 e durante dois anos clinicou no interior ( Itaguara ). Se regresso a capital, atuou como voluntário médico na luta contra o movimento constitucionalista de 1932, ingressando poucos meses depois na força pública do estado, no posto de capitão-médico. Em 1934 ingressou na carreira diplomática, em 1937, estreou com a coletânea de contos intitulada sagarana, que seria laureada com o prêmio Filipe d. Oliveira 1946. Seu prestigio como escritor não cessou de crescer, projetando-o para além das fronteiras nacionais ( foi traduzido ou analisado, do ponto de vista critico, por autores franceses, alemães, italianos, norte-americanos, etc. Como diplomata, serviu em Hamburgo 1938-1942, em Paris 1948-1951. Em 1961 recebeu o prêmio Machado de Assis, da academia brasileira de letras, pelo conjunto da sua obra literária, que, além de titulo já citado, inclui: corpo de baile ( novelas 1956), grande sertão; veredas ( romances 1956 ), primeiras estórias ( contos 1962 ) e tutameia ( contos 1967 ), além de contos póstumos ou recolhidos. Deixou inédito um volume de poemas, magma, de originais perdidos. Guimarães Rosa é o criador de uma das vertentes da moderna linha de ficção do regionalismo brasileiro, que, a partir de corpo de baile, adquire dimensões universalista e tendências nitidamente estetizantes, cuja cristalização artística é atingida em grande sertão, veredas. Seu estilo e linguagem literários tem dado origem a polemicas e controvérsias, e ja somam algumas dezenas os títulos em língua portuguesa de estudos dedicados á exegese de seus romances e novelas. Sobremodo importante é sua invenção vocabular, que repõe em trânsito termos e expressões arcaicas de todo um vasto território linguístico, processo através do qual a linguagem literária remonta por vezes as próprias matrizes da língua portuguesa. Eleito para a academia brasileira de letras em 1963, somente tomou posse de sua cadeira ( a de número 2 ) 17 de novembro de 1967, vindo a falecer três dias depois.
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