terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
GUERRA DOS FARRAPOS
Também chamada revolução farroupilha, luta civil irrompida no sul do Brasil 1835-1845, no período da regência. O particularismo da formação econômica e social da província do rio grande do sul constituía em incentivo ao espirito federalista. A rebelião eclodiu em porto alegre, liderada pelo deputado provincial e coronel de milicias Bento Gonçalves da Silva. A ação dos farrapos desenvolveu-se visando ao estabelecimento de uma república, confederada a outros que seriam instauradas no país. Mas a perda de porto alegre 15 de junho de 1836 comprometeu o sucesso dos rebeldes; o novo presidente da província conseguiu que Bento Ribeiro, comandante das armas das províncias, inicialmente aliado a Bento Gonçalves, passasse provisoriamente para o lado do governo; além disso, a população do leste, de origem agrária, permaneceu arredia ao movimento revolucionário, passando a fornecer as bases para a reação imperial. Em 6 de novembro de 1836, foi proclamado a república de Piratini, sendo Bento Gonçalves eleito presidente. Em consequência, o separatismo foi aceito pelos revolucionários como transitório e inevitável meio para sustentar a causa rebelde. Os farroupilhas conseguiram levar a guerra ao planalto catarinense e a laguna, onde o general Davi Canabarro, de cuja expedição participou José Garibaldi, fundou a efêmera república juliana 1839. Mas a reação imperial tornou-se mais vigorosa a partir de 1840. Os rebeldes não conseguiram conquistar porto alegre, cercada durante três anos por forças de Bento Gonçalves. Sem o controle da bacia hidrográfica, esgotaram-se as reservas de munições viveres dos revolucionários, que sofreram sucessivos reveses. A partir de setembro de 1842. Luis Alves de Lima e Silva, então barão de caxias, assumiu a presidência e o comando das armas da província, desencadeando forte campanha contra os rebeldes e obtendo finalmente a assinatura da paz 1 de março de 1845, quando D. Pedro II já governava o país.
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